A gastança nas câmaras de vereadores e na assembleia legislativa do estado beira o descaso. O desrespeito com que tratam o dinheiro público, amontoando assessores e laranjas foi repudiado em sucessivas pesquisas de opinião pública. No Vale do Taquari, vereadores tentaram – alguns conseguiram – duplicar subsídios, aumentar numero de cadeiras e ainda contratar mais assessores. Ufa!
Faço a ressalva inicial para enaltecer o discurso do prefeito de Encantado, Paulo Costi (PP), no debate entre os três candidatos à majoritária, promovido pelas associações empresarias da cidade na semana passada. Sem meias palavras abriu fogo contra o excesso de gastos dos vereadores – sem excluir os de seu partido. “Quando vimos que 7% (do orçamento municipal) vai para aquilo que foi, se considera mau uso do dinheiro público. Se indignação é brigar com a câmara eu continuo indignado. Nosso compromisso é chegar no máximo a 4%”, afirma Costi. Essa foi a primeira vez que este colunista ouviu (em público) de um candidato a prefeito um discurso claro de enfrentamento aos excessos de gastos que sucedem-se nas câmaras de vereadores. De um modo geral, a diplomacia exagerada prevalece entre os poderes Executivo e Legislativo e mantém a torneira da gastança aberta. Ou será por que a maioria não terá telhado de vidro no executivo quando se trata de gastança?
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