quinta-feira, 29 de novembro de 2012

R$ 5 milhões por NOSSA conta


   Era só o que faltava. O povo brasileiro terá que arcar com R$ 5 milhões para quitar a dívida de Imposto de Renda não recolhido sobre o 14º e 15º salários dos senadores nos últimos cinco anos. Não bastasse receberem o benefício, que é ultrajante, senadores decidiram quitar a conta com dinheiro público. No valor de R$ 26,7 mil cada, os salários extras foram pagos aos políticos no período de 2007 a 2011. 
   Os nobres representantes do povo alegam que não lhes cabe o pagamento porque o erro foi da Receita Federal em não cobrar no prazo adequado. Ora, receberam os salários extras e não querem pagar imposto sobre o valor. Quanta hipocrisia, destes, que deveriam ser o exemplo de cidadania para o país.  
   Até ontem, 46 senadores prometeram que pagarão o valor com dinheiro pessoal. Quem sabe a coerência da metade não sensibilize os demais a recuar dessa decisão injusta e sem vergonha. 

  A propósito
   Maciça maioria dos trabalhadores brasileiros recebe no máximo o 13º salário. Em boa parte das vezes, parcelado porque empresas e órgãos públicos não conseguem arcar com o valor numa “tacada” só. Isso só contribui para aumentar o desgosto e desprezo em relação à atitude dos nossos senadores. 

Ambulantes só aumentam

 Além dos ambulantes lojistas também desrespeitam o código de postura municipal ao invadir ruas com produtos, como a Júlio de Castilhos  
  
  Lajeado parece um shopping a céu aberto em determinados momentos do dia. Frutas, verduras, flores, óculos de sol, cintos, cadeiras, mesas, roupas, redes, relógios, doces e por aí vai. Tudo se encontra ao caminhar pelas ruas da cidade. Os dois fiscais contratados pela administração municipal são insuficientes para coibir a atuação irregular. Cerca de 30 pagam alvará para atuar, mas uma lista igual senão maior trabalha na clandestinidade. Contentam os consumidores porque vendem os produtos pela metade ou menos do valor dos mercados. 
   Por outro lado, criam uma concorrência injusta e desleal com comerciantes, que pagam impostos, aluguel, funcionários e toda tributação exigida. Pela força do comércio lajeadense é adequado que se reforce a fiscalização e impeça a atuação dos irregulares. Uma incursão da vigilância sanitária é bem-vinda, pois produtos perecíveis, que necessitam de climatização específica viram varejo comum em meio a melancias, rosas, morangos e abacaxis. Os anos passam, e o imbróglio só aumenta.


   Autonomia sem comentários
   Os vereadores de Lajeado aprovaram ontem o projeto que define o orçamento municipal em R$ 180 milhões para 2013. O percentual da livre movimentação ao prefeito, que rendeu discussões durante todo o ano e foi diminuído de 7% para 2%, em 2012, sequer foi discutido.    Oposição e situação balizaram os 10% sugeridos pelo Executivo. Diante da postura, conclui-se que o alvoroço feito durante este ano tinha apenas motivações políticas. As eleições, realmente, transformam pessoas e opiniões.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Em que Brasil podemos acreditar?

   Recentes notícias, de âmbito nacional e regional, deram alento e otimismo para este Brasil de tantos problemas e injustiças. Estamos diante de uma histórica prisão do ex-ministro José Dirceu, condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa no esquema do Mensalão. Sete anos depois, quando a esperança se dissipava, a roubalheira deflagrada é repudiada, desta vez pelo Judiciário.
   Outro aspecto é a iminente aplicação da lei que obriga as empresas a detalhar nas notas fiscais os valores dos impostos pagos pelo consumidor ao governo na hora da compra dos produtos e serviços.    Cada cidadão acompanhará o quanto paga a mais pela gasolina,  comida do restaurante, compras do supermercado, água, luz ou qualquer outra conta, porque o Brasil é um dos líderes em cobrança de impostos no mundo: 36%.    Será a oportunidade de compreender a realidade cruel de nossas empresas, obrigadas a financiar um Estado ineficiente e perdulário em vez de investir em suas evoluções.   Será um dado tangível que convoca para o combate por uma carga tributária mais justa e transparente. A medida só aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff, já que os deputados aprovaram. Em 1988, antes mesmo de termos direito ao voto, se escreveu num capítulo da constituição de que uma lei determinará que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidem sobre mercadorias e serviços. Vinte e quatro anos depois, após uma campanha com 1,5 milhão de assinaturas pelo Brasil, a decisão, finalmente, será cumprida.   Na região – valendo-me de um importante bairrismo para nos enquadrarmos neste cenário – o badalado caso envolvendo sumiço de 42 pneus da Prefeitura de Lajeado, teve mais um episódio nessa sexta-feira.    Doze ladrões foram condenados, no entanto, apenas quatro cumprirão pena no regime semiaberto. A exemplo do Mensalão, o furto de pneus foi registrado em 2005. O julgamento foi em primeira instância, o que abre a possibilidade de defesa para os condenados.   Guardadas as proporções, os três momentos acima, retomam a esperança de sermos uma sociedade com o mínimo de justiça.   Uma semana depois dessas notícias animadoras, uma “cachoeira de água fria” é derramada sobre o otimismo precoce. Corrupto, julgado e sentenciado, Carlinhos Cachoeira acaba de ser liberado do presídio em que cumpria pena desde fevereiro.    Mesmo confirmado como principal personagem de um esquema de corrupção envolvendo o governo federal, apurado em CPI no Congresso Nacional e que lhe custou o mandato de senador, Cachoeira conseguiu a liberdade com base na frouxidão do código penal brasileiro.   Estamos acostumados ao palavrório difuso e repetitivo dos políticos sobre impunidade, produtividade e honestidade. Os casos, José Dirceu, Carga Tributária e Pneus passam dos discursos de “gravatês” para fatos concretos, entendíveis por cada um. A raridade desses atos os torna ainda maiores e simbólicos, enquanto que deveriam ser o sinônimo de qualquer falcatrua, injustiça e exagero deflagrado no poder público. Estávamos diante um cenário esperançoso e otimista, mas a libertação de Carlinhos Cachoeira recoloca no topo as palavras vazias e incrédulas que digerimos a anos. Está difícil saber no que acreditar.

Organizadores cansados

   Promover uma feira da dimensão Poucos dados da Expovale não é simples. Exige dedicação e empenho dos responsáveis e líderes. Estarem, em meio ao evento, cansados fisicamente é natural e  compreensível. Mas, o cansaço a que me refiro neste comentário, está relacionado à mesmice, repetição de atividades de dois em dois anos, mendigação por patrocínio e participação pífia do poder público.
   Para manter a elegância, a Comissão Organizadora não expõe o descontentamento, mas a falta de obras, reformas e adaptações no Parque do Imigrante geram incômodo coletivo nos bastidores. Os  investimentos, pouco mais de R$ 100 mil, por parte da Administração Municipal de Lajeado, não satisfazem mais. Cobra-se “desengavetamento” do projeto da FundaParque, travado na câmara de  vereadores sem explicação.
   A Expovale chega a sua 18ª edição, consolidada pelo tamanho, qualidade dos expositores, esmero dos organizadores – voluntários, que se diga de passagem – mas, parece ter chegado ao limite. Repetir as atrações, fórmulas e sistemas deixam de ser unanimidade e devem chacoalhar os bastidores após os fogos neste domingo. 

   A propósito
   O presidente José Zagonel é categórico ao falar que a infraestrutura do Parque do Imigrante é insuficiente para prosperar um evento mais relevante técnica e industrialmente. Goteiras nos pavilhões são  um exemplo. Local adequado para reunião e palestras inexiste, mesmo que esforço dobrado foi feito para minimizar as dificuldades. Pelos corredores dos pavilhões, expositores expressam variada  insatisfação. 
   O sucesso da Expovale 2012, que transcorre até domingo, está garantido pelos shows, negócios concretizados e pelas milhares de pessoas que foram até o Parque do Imigrante. Mesmo assim,  repensar e prosperar uma feira mais arrojada parece ser inadiável. O Vale dos Alimentos pede passagem.

Muita especulação. Poucos dados

   Surpreende a enorme especulação e tentativas de persuasão vazias que cercam o mercado imobiliário da região. Bolha, endividamento, saturação populacional e outros são propagados aos quatro ventos sem fundamentação e consistência. 
   Percebe-se nos últimos anos, um crescimento singular na construção civil. Não é maior por que faltam funcionários para citar um dos motivos. Construtoras recorrem aos haitianos para conseguir corresponder ao serviço e entregar os imóveis dentro dos prazos estipulados. A maioria está vendida ou alugada. Só Lajeado recebe cerca de mil pessoas por ano.  Todos precisam comprar ou alugar casa. Portanto, há demanda.    Paralelo a isso, há a velha e conhecida insuficiência hoteleira no Vale do Taquari. Criam-se expectativas e se tenta convencer de que investir  em hotéis é o único negócio rentável e seguro no setor imobiliário atual. Essa disputa de mercado abre uma “guerra” local entre investidores de hotéis contra donos de imobiliárias e  construtores. Uma briga que não contribui para o desenvolvimento regional.    Antes de anunciar ou falar em saturação no mercado, vivemos uma saturação de especulações e projeções infundadas, sem  estatísticas nem comparações com outros períodos. Profissionalizar este setor é urgente.

   Aliás   Nessa direção, o jornal A Hora começa um levantamento completo sobre tudo que envolve a construção civil e o mercado imobiliário para informar a quantidade de ofertas de casas, apartamentos e  salas comerciais para venda e aluguel. Ao mesmo tempo, a quantidade insuficiente de leitos nos hotéis e as perspectivas que se abrem com os recentes lançamentos. Informar a sociedade é fundamental  em meio a esse “tiroteio” de hipóteses e argumentos evasivos que muito mais confundem do que esclarecem. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

TUDO está na gráfica

   A construção de um jornal é uma obra coletiva. Depende da dedicação e do comprometimento dos profissionais, que aliam seu conhecimento a um imensurável interesse de cumprir o papel jornalístico: informar. As vaidades, egocentrismos e a autossuficiência, peculiares dos jornalistas, precisam dar lugar a um propósito maior.  
Esta é a última coluna que publico antes da circulação do Caderno TUDO, um anuário do A Hora desde 2010, que chega em suas mãos na próxima terça-feira. 
   Todos os setores da empresa, sobretudo a Redação, Comercial e o Departamento de Artes, trabalharam com afinco nos últimos três meses, para chegar ontem, às 18h47min e entregar cem páginas à gráfica de Zero Hora. Com as três edições do A Hora produzidas toda a semana, concluímos um caderno que desnuda as mazelas e potenciais do Vale do Taquari. Aponta erros e acertos de uma região promissora, mas menor do que poderia ser. 
Um conteúdo que vai além da notícia factual e entra num campo analítico, conceitual. O destaque da edição de 2012 é o alimento, principal referência econômica do Vale do Taquari.    Tema merecedor da interferência de quem almeja o desenvolvimento ordenado da região. Liderado pelo agronegócio (leite, suínos e aves) o setor alimentício amplia sua relevância à medida que agrega e fortalece segmentos, como cerveja artesanal, fruticultura, doces e hortigranjeiros.  
   Ressalto o trabalho de toda equipe por construir cem páginas, na certeza de que o maior beneficiado será o leitor, motivo singular de nossa existência. Enalteço a consonância entre redação e setor comercial, onde o divisor de águas foi a responsabilidade e o rigor profissional, permitindo que a única interferência fosse exigida pela ética.
   Construir um caderno como o TUDO é um desafio permanente para o A Hora. O sentimento de dever cumprido ao entregar as páginas à gráfica é confortante, mas aumenta o compromisso de estar sempre à altura da confiança a nós conferida e garantir uma implacável busca da verdade factual. 
   Jornalismo é um instrumento de pensar a realidade. A Hora o faz do Vale para o Vale. A flecha do anuário TUDO aponta para uma evolução imprescindível da sociedade regional e para potencializar suas capacidades. A radiografia completa estará encartada nos sete mil exemplares dos assinantes do A Hora na terça-feira e outros cinco mil serão distribuídos em locais estratégicos, principalmente na Expovale, que se inicia amanhã.
   Aos colegas antecipo agradecimentos pelo empenho e desmedido tempo para manter a mesma qualidade das primeiras às ultimas páginas. Aos anunciantes a confiança e visão empreendedora ao investir num produto que mostra o Vale para o estado, com força editorial e credibilidade indispensável. Aos leitores, a satisfação em compartilharmos a partir desta terça-feira, mais um material pensado e construído com o tamanho da riqueza e dos anseios dessa terra.

  Tudo está na gráfica e, na terça-feira, em suas mãos.  

Protagonistas de fiascos. Mais um

   Os vereadores de Lajeado protagonizaram, nessa terça-feira, momentos vexatórios e de total contrassenso à função que lhes foi confiada pela sociedade. O desequilíbrio dos parlamentares interrompeu a reunião por duas vezes, tamanha era a gritaria e desrespeito entre eles. A falta de decoro parlamentar, que levou a cassação, em 2010, do vereador Flávio Bruch (PP) de Marques de Souza parece esquecida. Ele classificou um secretário municipal de “chifrudo” e foi cassado meses depois. Em Lajeado, os “elogios” foram mais comedidos, mas a leviandade e a inópia de provas nas acusações pessoais desferidas na reunião opõem-se ao regimento interno. Mais do que isso, fere e macula a reputação da casa legislativa, tão relevante à sociedade quando conduzida democrática e eficazmente. Pena que nos últimos anos, os cargos e os salários na câmara e no Executivo motivaram os maiores embates, mesmo numa cidade com tantas deficiências e urgências. Depois ainda reclamam quando a imprensa e a sociedade criticam.


  Aliás
   O mês de novembro prevê uma disputa acalorada na votação da Lei Orçamentária Anual para 2013. O mote é o percentual de livre movimentação a ser concedido ao prefeito Luis Fernando Schmidt (PT). O governo atual mandou à câmara o projeto com os mesmos 10% solicitados no ano passado, mas reduzidos a 2% pela oposição, que agora assume a administração municipal. Resta saber se a justificativa dos vereadores, de que prefeito não pode ter tanta autonomia, foi apenas “politiqueira” ou de fato, condiz com o interesse Legislativo em participar mais das ações da administração. Os primeiros argumentos dos vereadores que baixaram o percentual no ano passado estão mudando. Agora defendem que reduziram porque foi ano eleitoral e que agora se inicia um novo ciclo. Os próximos 30 dias respondem o quanto coerentes são os vereadores em suas decisões.

Representatividade reduz a zero

   A força política do Vale do Taquari no estado e país está “capenga” nos últimos anos e piorará em 2013. Luis Fernando Schmidt (PT) elegeu-se prefeito de Lajeado e sai da Assembleia Legislativa em dezembro, onde estava como deputado estadual. Ontem, em entrevista a Rádio Independente, o deputado Federal Enio Bacci (PDT) anunciou a possibilidade de assumir a Secretaria da Segurança de Porto Alegre a partir do próximo ano.    Dessa forma, a região perderia seus dois deputados e reduziria para zero a representatividade na assembleia gaúcha e na câmara de Brasília. Retrocesso para a região.

TUDO e muito mais

   As publicações especiais são aposta do jornal A Hora. Temas relevantes e prioritários para o Vale do Taquari ganham espaço nos cadernos relacionados ao agronegócio, construção civil e arquitetura, ambiente, saúde e moda. Desde 2010, publica o anuário TUDO, que apresenta um raio X da região, elencando carências e potenciais. A terceira edição está em produção e será veiculada durante a Expovale. Serão cem páginas impressas em papel refinado. A capacidade produtiva de alimentos, o drama da insuficiência de mão de obra, os pífios investimentos em saneamento básico, os baixos índices da educação, os problemas na saúde, o avanço do crack e a disseminação da insegurança, as carências na infraestrutura e as possibilidades da Copa para o turismo regional são os temas no caderno deste ano.

?

   As alegações da Administração Municipal de Lajeado em pedir 7% do orçamento total de livre movimentação para a prefeita são nebulosas. A pouco menos de dois meses de sua saída, Carmem Regina solicita em torno de R$ 6 milhões para investir em obras e ações não projetadas no orçamento deste ano. Quer ter autonomia para aplicar onde for necessário sem passar pela câmara de vereadores.
   Pavimentação de ruas, auxílio à Expovale e pagamento da área da futura Escola Técnica Federal seriam os principais destinos. Estranha-se, por outro lado, a maneira como se sucedeu a tentativa. A opção natural nestes casos é o remanejamento de valores entre as secretarias. Exemplo: retira da Secretaria de Obras e direciona para a Secretaria da Fazenda. Depois, de forma transparente, submete aos vereadores. Por que não foi assim de praxe? Outra pergunta: como e onde queriam aplicar esse montante, considerando o pouco tempo de governo? A falta de resposta a essas questões foi o principal motivo da oposição em reprovar o projeto – mesmo que nos corredores se fale em compra de voto de um ou outro vereador para aprovar a matéria. Se houve, é mais um ingrediente para aumentar o cheiro de tramoia. Diante dessas dúvidas, foi plausível a atitude dos vereadores em reprovar o projeto e cobrar mais transparência do Executivo em suas ações.

  Em tempo
   O vereador Antonio Scheffer (PTB) mudou de opinião e votou a favor do projeto, diferentemente do que havia feito em 2011, quando a oposição reduziu de 10% para 2% a livre movimentação da  prefeita. Depois do “sim” ao Executivo e a atual bancada situacionista atendeu telefonema de empresário lajeadense e, falando seu nome, num alto tom de voz, emendou: “... quem votou contra foi o vereador do seu partido e não eu”.

Cúmplices por omissão

   O Observatório Social existe para fiscalizar as ações públicas, interferir em desmandos e irregularidades administrativas. Em Lajeado, foi criado em agosto desse ano, com a ideia de prevenir falcatruas e orientar sobre o uso adequado do dinheiro público. Seu desempenho depende de voluntários. Na largada, há três meses, mais de 20 entidades participaram e se entusiasmaram com a ideia da cidade ter um defensor da sociedade. Bastaram três meses para as reuniões do Observatório se resumir há meia dúzia de partícipes e ameaçar, não só as ações da entidade, mas sua relevante existência. No encontro de ontem, ficou visível o desamparo para implantar ideias e projetos de conscientização popular. Nova reunião foi agendada para esta segunda-feira, às 7h30, para definir as ações do dia  internacional anticorrupção, que ocorre dia 9 de dezembro. A presença de mais líderes empresarias e classistas é fundamental para consolidar a instituição a partir deste primeiro evento que apontará os desvios, irregularidades e deslizes já descobertas e não solucionadas na região.    É uma forma de despertar a sociedade, tentar envergonhar os corruptos e gerar uma cultura que valoriza o comportamento ético. Não podemos ser cumplices da omissão.