Promover uma feira da dimensão Poucos dados da Expovale não é simples. Exige dedicação e empenho dos responsáveis e líderes. Estarem, em meio ao evento, cansados fisicamente é natural e compreensível. Mas, o cansaço a que me refiro neste comentário, está relacionado à mesmice, repetição de atividades de dois em dois anos, mendigação por patrocínio e participação pífia do poder público.
Para manter a elegância, a Comissão Organizadora não expõe o descontentamento, mas a falta de obras, reformas e adaptações no Parque do Imigrante geram incômodo coletivo nos bastidores. Os investimentos, pouco mais de R$ 100 mil, por parte da Administração Municipal de Lajeado, não satisfazem mais. Cobra-se “desengavetamento” do projeto da FundaParque, travado na câmara de vereadores sem explicação.
A Expovale chega a sua 18ª edição, consolidada pelo tamanho, qualidade dos expositores, esmero dos organizadores – voluntários, que se diga de passagem – mas, parece ter chegado ao limite. Repetir as atrações, fórmulas e sistemas deixam de ser unanimidade e devem chacoalhar os bastidores após os fogos neste domingo.
A propósito
O presidente José Zagonel é categórico ao falar que a infraestrutura do Parque do Imigrante é insuficiente para prosperar um evento mais relevante técnica e industrialmente. Goteiras nos pavilhões são um exemplo. Local adequado para reunião e palestras inexiste, mesmo que esforço dobrado foi feito para minimizar as dificuldades. Pelos corredores dos pavilhões, expositores expressam variada insatisfação.
O sucesso da Expovale 2012, que transcorre até domingo, está garantido pelos shows, negócios concretizados e pelas milhares de pessoas que foram até o Parque do Imigrante. Mesmo assim, repensar e prosperar uma feira mais arrojada parece ser inadiável. O Vale dos Alimentos pede passagem.
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