terça-feira, 13 de novembro de 2012

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   As alegações da Administração Municipal de Lajeado em pedir 7% do orçamento total de livre movimentação para a prefeita são nebulosas. A pouco menos de dois meses de sua saída, Carmem Regina solicita em torno de R$ 6 milhões para investir em obras e ações não projetadas no orçamento deste ano. Quer ter autonomia para aplicar onde for necessário sem passar pela câmara de vereadores.
   Pavimentação de ruas, auxílio à Expovale e pagamento da área da futura Escola Técnica Federal seriam os principais destinos. Estranha-se, por outro lado, a maneira como se sucedeu a tentativa. A opção natural nestes casos é o remanejamento de valores entre as secretarias. Exemplo: retira da Secretaria de Obras e direciona para a Secretaria da Fazenda. Depois, de forma transparente, submete aos vereadores. Por que não foi assim de praxe? Outra pergunta: como e onde queriam aplicar esse montante, considerando o pouco tempo de governo? A falta de resposta a essas questões foi o principal motivo da oposição em reprovar o projeto – mesmo que nos corredores se fale em compra de voto de um ou outro vereador para aprovar a matéria. Se houve, é mais um ingrediente para aumentar o cheiro de tramoia. Diante dessas dúvidas, foi plausível a atitude dos vereadores em reprovar o projeto e cobrar mais transparência do Executivo em suas ações.

  Em tempo
   O vereador Antonio Scheffer (PTB) mudou de opinião e votou a favor do projeto, diferentemente do que havia feito em 2011, quando a oposição reduziu de 10% para 2% a livre movimentação da  prefeita. Depois do “sim” ao Executivo e a atual bancada situacionista atendeu telefonema de empresário lajeadense e, falando seu nome, num alto tom de voz, emendou: “... quem votou contra foi o vereador do seu partido e não eu”.

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