quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Boa Tarde internautas.
Excluí  todos os comentários postados referente à matéria da Festa à Fantasia. Acredito que todo conflito de opiniões é válido e democrático. E, realmente, já saiu do campo da discussão saudável para uma indignação pessoal, que convenhamos, não constrói.
Postei aqui todos os posicionamentos do facebook e twitter, para parecer o mais democrático possível, efetivamente, mostrando que não temos problemas com críticas.
A exclusão se dá pela política editorial que prezamos e para não incentivarmos mais o debate pessoal, ficará apenas a opinião editorial, por consequência, a minha.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Festa à Fantasia

Polêmica para todos os gostos

A reportagem “Debaixo das Fantasias” publicada na edição passada no jornal A Hora mostra o evento de outra forma, preterida pela superficialidade e rotina de abordagens costumeiras.
         A matéria provocou manifestações nas redes sociais. Interpretações diferentes, que formam o saudável conflito democrático da sociedade. Aliás, a festa brinda a diversidade.
         Da comissão organizadora, veio revolta. Giuliano Orlandini ameaçou processar o A Hora. Julgou como irresponsável e insana a publicação e prometeu campanha publicitária contra o veículo.
         Diante das centenas de opiniões, expressadas em e-mails, redes sociais ou ao telefone, reforçamos e esclarecemos o motivo e o objetivo da reportagem.
A Festa à Fantasia não está acima do bem ou do mal. Da imprensa, não é papel julgar o certo ou errado. O A Hora, a exemplo de tantas outras ocasiões, fez uma abordagem singular. Para milhares de leitores, mostrou um lado desconhecido do evento. Nada do relatado é inverídico ou utópico.
Fomos, voluntariamente, específicos.
Poderíamos trazer a revolta e inquietação dos moradores vizinhos ao Clube Tiro e Caça - muitos escolhem este fim de semana para viajar; a baderna que se cria nas ruas naquelas imediações; as várias brigas durante a festa; dos menores que se embebedaram e pararam no pronto-socorro. E assim segue.
Ao mesmo tempo, abordar com mais intensidade, a criatividade, a curtição, a alegria e a magia que a festa proporciona para aqueles que focam essencialmente a diversão, como o jornal fez na edição anterior ao evento.
Frente a tantas situações pertinentes a serem abordadas, é inevitável concluir que o evento, que é privado e gera lucro para poucos, não é uma unanimidade.
Proibir sua realização seria acabar com algo consolidado. A Festa à Fantasia movimenta o comércio, mobiliza multidões e fortalece a pluralidade, divulga a cidade. Mas, discutir com a sociedade a sua forma de realização e o impacto cultural, pode ser benéfico.
Os comentários e opiniões relacionadas à matéria publicada pelo A Hora, estarei postando aqui no blog (abaixo).

Foto: Anderson Lopes

Reconhecimento à qualidade

A foto de Juremir Versetti e por conseqüência a reportagem do jornal A Hora, escrita por Rodrigo Martini, sobre as inundações ocorridas em julho, no Vale do Taquari, concorrem ao prêmio Esso de Jornalismo. Desde agosto, a comissão organizadora enquadrou o material na disputa, que reúne fotos e reportagens de todo o país.
Conseguir credenciamento à participação do Prêmio Esso 2011, que completa 56 anos, já é uma conquista que orgulha o jornal A Hora.

            É o reconhecimento ao trabalho dedicado e focado na qualidade da informação, que norteia o jornalismo comprometido com a sociedade. 

O resultado das feiras

Na semana passada escrevemos sobre a consolidação e importância das feiras de exposição realizadas no Vale do Taquari. São inegáveis os resultados econômicos e sociais gerados por estes eventos, que crescem substancialmente.
Por outro lado, a população espera prestação de contas. Durante a semana, leitores questionaram sobre os resultados das feiras realizadas na região.
Estranha-se por sua vez, a quietude das autoridades e comissões organizadoras. Afinal, todos ou a grande maioria destas festas, são realizadas com algum recurso público. Logo, a transparência, apresentando o balanço financeiro de cada evento, deveria ser a última ação. Público, negócios e projeções é insuficiente para saber se houve lucro ou prejuízo.
Para ser transparente e evitar margens à desconfianças, apresentar os números finais é uma necessidade. Ainda mais, em período eleitoral.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Que independência é essa?

Foto Rodrigo Dias

   A reverência e a exaltação às autoridades no dia sete de setembro diminuem. Discursos inflamados sobre civismo não convencem mais. Timidamente, o cidadão está acordando.    Ontem, em vários cantos do país, protestos contra a corrupção, desigualdade social, descasos da saúde pública, violência, marcaram as comemorações da independência.
   No Vale do Taquari, o protesto se resumiu a um grupo de soldados da Brigada Militar, que afixou faixas nas passarelas sobre a BR-386 (veja foto), cobrando salários melhores.
   É inegável que as orquestras e bandas sinfônicas emocionam e orgulham o brasileiro. Mas só por alguns minutos. Ao som da última nota ou batida no tambor, se volta a uma realidade deprimente. Afinal, que independência comemoramos?
   Honestamente, o Brasil melhorou muito nas últimas décadas, mas está muito aquém de um país justo e democrático, com seu povo independente.


# Que independência é essa ... em que os vereadores decidem aumento do número de vagas sem dar bola a maioria absoluta de pessoas contrárias?


# Que independência é essa ... onde um carro novo custa 30% mais do que em países como Argentina (mesmo em crise) só por causa dos impostos e do lucro exacerbado das montadoras?


# ... onde a imprensa ainda é censurada?


# ... onde os deputados e senadores aumentam livremente seus salários, enquanto a Brigada Militar precisa mendigar e se corromper para ganhar mais?


# que independência é essa ... onde se confirmam roubalheiras, desvio de dinheiro público, descaminho, e a justiça não age. Não prende?


# que independência é essa ... onde presídios e hospitais estão abarrotados com a desculpa que falta de dinheiro, enquanto o governo investe R$ bilhões para construir estádios de futebol?


# ... com ruas esburacadas, trânsito infernal, transporte coletivo ruim, permeado por apagões e por uma poluição insana?


   Mesmo que não concordemos com os absurdos, assistimos a tudo como se fosse um filme ruim que nos ameaça impunemente. Ou nos mexemos, ou em breve tudo custará o dobro, a roubalheira continuará e a impunidade avança, porque quem cala, e aceita quieto, consente.
   Como país do futebol, preferimos, muitas vezes protestar contra tropeços da seleção brasileira, do que a favor da civilidade.


Feiras entusiasmam e fortalecem as cidades

   A primeira SantaFlor, realizada no fim de semana e a segunda Multifeira, que começa hoje em Estrela, simbolizam a importância de eventos desta natureza.
   Mobilizar e convocar a sociedade local para se envolver na organização e ser protagonista é apostar no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos setores expostos.
   Na última década, foram criadas várias feiras. Sabe-se que em muitos casos, elas não se sustentam economicamente, mas desempenham papel importante para a autoestima das pessoas e para o aperfeiçoamento das atividades. O resultado é consecutivo.
   A feira de Santa Clara do Sul foi mais do que uma exposição e venda de flores. Reuniu no mesmo espaço, todos os potenciais da indústria, comércio e serviços, até então, resumidos ao cotidiano e consumidores locais.
   Em Estrela, a Multifeira representa a retomada do desenvolvimento industrial da cidade.
   Têm sido assim, em praticamente todos os municípios da região. Restam poucas cidades no Vale do Taquari que ainda não possuem evento específico.
   Criatividade, inovação e ousadia farão a diferença na perpetuação e fortalecimento das feiras. A cada edição, os visitantes esperam mais e melhor.