O maior evento democrático, que ocorre a cada quatro anos nas esferas federal, estadual e municipal, deveria ser precedido por construções coletivas da sociedade e por argumentos focados no desenvolvimento e no crescimento das comunidades. Infelizmente, não é isso que presenciamos.
Mesmo distantes mais de um ano para o próximo pleito, as ofensas morais, os ataques pessoais, especialmente proferidos nas câmaras de vereadores e retrucados pelos corredores e gabinetes das prefeituras, norteiam a atuação de muitos. O “jogo de interesses” para, desde já, garantir mais visibilidade na mídia e tentar adendos políticos e chegar ao poder, precisa ser observado e repreendido pela sociedade.
Vejamos o exemplo do que ocorre no município de Estrela, onde o vereador Joel Mallmann acusou o prefeito Celso Brönstrup de não ter amor próprio, porque anda de muletas e não faz cirurgia para corrigir sua deficiência. Vergonhoso para estes representantes públicos, tais assuntos virarem manchete nos veículos de comunicação regionais. Uma total falta de respeito e sensibilidade com os cerca de 30 mil habitantes que os elegeram em 2008. Aliás, pela imoralidade que o conteúdo representa, A Hora do Vale reprimiu a publicação destas acusações e não concederá espaço para esse tipo de brigas.
Em Canudos do Vale, a “queda de braço” entre vereadores e prefeito coloca em risco R$ 700 mil para construir uma nova creche, por intermédio do Ministério da Educação. Na última sessão, o projeto foi reprovado e agora não sabem o que fazer com o dinheiro. Revoltante para um município que depende em 80% dos recursos da União e do Estado para se manter.
Estes dois casos não são os primeiros nem os últimos. Apenas os mais recentes. Citamos-os para atentar a população sobre as funções e as condutas que nossos representantes têm, especialmente nesta época. A partir de agora, a busca pelo “trono” fica visível.
