Os vereadores de Lajeado protagonizaram, nessa terça-feira, momentos vexatórios e de total contrassenso à função que lhes foi confiada pela sociedade. O desequilíbrio dos parlamentares interrompeu a reunião por duas vezes, tamanha era a gritaria e desrespeito entre eles. A falta de decoro parlamentar, que levou a cassação, em 2010, do vereador Flávio Bruch (PP) de Marques de Souza parece esquecida. Ele classificou um secretário municipal de “chifrudo” e foi cassado meses depois. Em Lajeado, os “elogios” foram mais comedidos, mas a leviandade e a inópia de provas nas acusações pessoais desferidas na reunião opõem-se ao regimento interno. Mais do que isso, fere e macula a reputação da casa legislativa, tão relevante à sociedade quando conduzida democrática e eficazmente. Pena que nos últimos anos, os cargos e os salários na câmara e no Executivo motivaram os maiores embates, mesmo numa cidade com tantas deficiências e urgências. Depois ainda reclamam quando a imprensa e a sociedade criticam.
Aliás
O mês de novembro prevê uma disputa acalorada na votação da Lei Orçamentária Anual para 2013. O mote é o percentual de livre movimentação a ser concedido ao prefeito Luis Fernando Schmidt (PT). O governo atual mandou à câmara o projeto com os mesmos 10% solicitados no ano passado, mas reduzidos a 2% pela oposição, que agora assume a administração municipal. Resta saber se a justificativa dos vereadores, de que prefeito não pode ter tanta autonomia, foi apenas “politiqueira” ou de fato, condiz com o interesse Legislativo em participar mais das ações da administração. Os primeiros argumentos dos vereadores que baixaram o percentual no ano passado estão mudando. Agora defendem que reduziram porque foi ano eleitoral e que agora se inicia um novo ciclo. Os próximos 30 dias respondem o quanto coerentes são os vereadores em suas decisões.
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