quinta-feira, 3 de maio de 2012

R$ 16 milhões em quatro anos. É demais!


   As manifestações de dezenas de leitores elogiando a reporta­gem que aponta um gasto superior a R$ 16 milhões por legislatura em quatro câma­ras da região contrastam com o posicionamento de vereadores. Paulo Tóri (PPL), de Lajeado, por exemplo, defende a classe e ar­gumenta que os subsídios são insuficientes pelo que trabalha. No microfone do Legislativo, fez críticas ao jornal A Hora, clas s i f i cando de desocupados os jornalistas e a direção da empresa, que na sua análise, desconhecem a realidade.
Em nome da liberdade de expressão, respeitamos a opinião do vereador e de todos que fazem coro às suas ideias. O que nos cabe, após manifesta­ções plurais desde que foi publi­cada a pesquisa, no último fim de semana, é desmontar estas acusações e provar que são, no mínimo, infelizes.
Valemo-nos de uma citação do saudoso Millôr Fernandes, que morreu há poucas semanas: “Imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”. Não se trata de uma oposição partidária, e sim, contrarieda­de a tudo aquilo que, no poder público, cheira a injustiça, exagero, desvio, corrupção. Fa­zer estradas, trocar luminárias queimadas, trabalhar em favor do cidadão, pensar no desen­volvimento, são obrigações de quem é eleito e pago com dinheiro público. Não se trata de um favor, passível de divul­gação na mídia.
Esta análise crítica sobre os custos exagerados das câmaras de Encantado, Lajeado, Estrela e Teutônia, previstos para a próxima legislatura, não tem interesse eleitoral ou de prejudicar as imagens dos legisladores. Apenas expõe uma realidade que o eleitor tem direito de saber. Afinal, são milhões que poderiam ser investidos em outras áreas que tanto carecem de investimentos: saúde, educação, estradas. Se outrora muitos líderes não tivessem exercido esta função sem receber subsídios, até poderíamos nos sensibilizar com os argumentos dos atuais. Mas, a coerência não nos permite!
   As funções de um vereador são basicamente: criar leis que tornem a sociedade mais justa e humana e fiscalizar as ações do Executivo, principalmente quan­to à execução orçamentária ao julgamento das contas apresen­tadas pelo prefeito. Na prática, sabemos, não é isso que ocorre.
   Indigna ao escutar o vereador Paulo Tóri falar que trabalha muito e ganha pouco, e ver nos arquivos dos últimos três anos e quatro meses de mandato, que é autor de apenas cinco projetos de lei. Diga-se de passagem, esta quantidade retrata a atuação da maioria em toda a região.
   Infelizmente com o passar dos tempos, os verdadeiros atributos do vereador foram se desviando de seu rumo legal e ele passou a ser um “des­pachante de luxo”, exercendo funções das mais variadas pos­síveis, explorando as dificul­dades e miséria da população, obtendo o voto fácil em troca dos mais diversos favores.

   Solicitamos gentilmente, a conferência das informações e formatação do material em anexo. Após a aprovação do mesmo, não nos responsabilizamos por quaisquer incorreções.
   Aguardamos o retorno da aprovação ou alterações se necessárias.

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