O Brasil lidera índices que nos colocam em situação desastrosa, se comparado a países de economias e desempenhos idênticos ou até inferiores aos nossos. Educação, saúde e segurança atingem marcas piores as de vários países do Mercosul.
A carga tributária é outro troféu. A quantidade de “mordidas” nos forçam a trabalhar 150 dias por ano para quitar todos os compromissos. Desde ontem, trabalhamos para o nosso bolso. Tudo que arrecadamos até 30 de maio ficou para o governo. Lá se vão cinco meses de labuta para regularizar carro, imóvel, renda, faturamento, funcionários e assim vai. Para tudo há um imposto. Só falta taxarem o ar.
O problema é que o Brasil cobra impostos de um país desenvolvido (35% de toda riqueza vai para as mãos do governo) e oferece serviços de terceiro mundo.
Tivemos avanços sociais nos últimos anos, mas ainda procuramos explicações – fora a roubalheira e os escândalos – que justifiquem a cobrança de tantos tributos.
Pelo contrário, no início do ano foi divulgado que o Brasil ficou em último lugar em um ranking internacional sobre o retorno que os cidadãos obtêm para os impostos que pagam. A lista considera os países que, proporcionalmente, mais arrecadam impostos.
As maiores carências brasileiras relacionam-se à segurança, saúde e educação. Os presídios, hospitais e escolas não funcionam como deveriam. É nesses aspectos que se dimensiona a capacidade de desenvolvimento de uma sociedade.
Hoje, estas responsabilidades estão sob as costas dos governos estadual e municipais. Por ironia, não é para eles que vai a maior parte dos impostos. A grande “fatia do bolo” vai para a União, que deveria repassar os recursos aos governadores e prefeitos. A distribuição atual é pífia e nos leva a crer que antes de chegar aos estados, há muitos Cachoeiras, Demóstenes, Mendes, mensalões, mensalinhos, e outros, que precisam ser abastecidos.