Desde que existe, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dá problemas. O acúmulo de polêmicas fez o processo cair no descrédito. Virou bagunça. Ontem, dois dias após a aplicação dos testes, veio à tona um suposto vazamento do conteúdo das provas, numa escola particular de Fortaleza - CE.
Criado em 1998, o exame ganhou importância nos últimos anos ao se tornar pré-requisito para os interessados em bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni). Se fortaleceu mais em 2009, quando passou a substituir o vestibular de boa parte das instituições públicas de Ensino Superior.
Este ano, cerca de 4 milhões de candidatos fizeram o Enem no fim de semana, em 14 mil locais de 1,6 mil cidades de todo o país.
O Ministério da Educação (MEC) já admitiu o vazamento. O Ministério Público Federal pedirá anulação do exame de 2011. Estamos na iminência de repetir o fracasso de 2009 e 2010, quando gabaritos das provas foram roubados e houve erros comprometedores na impressão, respectivamente.
Dessa forma, dificulta-se a aceitação de que o exame substituirá o vestibular de forma efetiva. Antes de qualquer coisa, é preciso recuperar o crédito.
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