quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Primeiro o cargo. Depois a capacidade

   A disputa por cargos nas administrações municipais movimenta os bastidores tanto quanto a disputa por votos, em outubro. Direções de escolas, coordenação de grupos assistenciais, secretarias, departamentos, enfim, todas as funções são “objetos de desejos” partidos e militantes. Negociações esdrúxulas entre partidos e eleitos acomodam o máximo de amigos dentro das repartições públicas. Em muitos municípios, houve mais promessa de emprego do que cargos existentes. 
   O maior problema – entre tantos – é que a última preocupação é com a qualidade do serviço a ser prestado. Bons captadores de votos são colocados em funções estratégicas e relevantes sem ter o mínimo de conhecimento técnico ou experiência. Entra e sai governo, e os cabides de emprego se multiplicam. Seus desempenhos se preveem ineficientes e acachapantes. 
   Muitos prefeitos têm dificuldades de administrar brigas entre os partidos, que lutam pelos cabides com fervor. Sobressai o amadorismo e a política do aproveitamento e falta atender a missão maior dos administradores públicos: trabalhar pelo desenvolvimento coletivo e ordenado da sociedade.

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