Debates eleitorais, em rádio, jornal ou televisão são oportunidades para candidatos detalharem projetos e planos de governo (que nem sempre existem). Aos eleitores, são ferramentas para conhecer melhor seus representantes e interpretar as ideias. É o momento de perceber se o candidato deixa de lado os projetos pessoais, partidários e ideológicos para pensar no desenvolvimento coletivo.
O jornal A Hora começou sua série de encontros com candidatos nessa terça-feira. Dolores Kunzler (PP) e Elir Sartori (PMDB), candidatos a prefeito de Sério, eram os primeiros a expor seus projetos. Apenas um compareceu.
Sartori, entre uma série de desculpas e justificativas, alegou enfermidade de sua mulher, e que teria de acompanhá-la em consulta médica. Sua ausência comprometeu a essência do debate, mas não impossibilitou que Dolores Kunzler apresentasse suas prioridades de governo, mesmo que superficiais. (veja na página 11).
Os eleitores de Sério não tem a oportunidade de cotejar as propostas dos dois concorrentes. A lamentável decisão de rejeitar um debate eleitoral provoca um entendimento de fuga e de medo em assumir compromissos diante da população.
A fuga não se resume ao candidato de Sério. Esta semana, Ricardo Kich (PP) e Larry Röhrig (PT), de Marques de Souza, acordaram na Justiça que não participarão de nenhum debate, indiferentemente do veículo de comunicação. É a forma, segundo eles, de evitarem “confrontos pessoais e picuinhas”. Ao relacionarem debate a este tipo de confronto, se esquecem que o teor de um embate de ideias depende dos autores. Quem tem propostas específicas e concretas não precisa atacar o concorrente ou se ater a questões partidárias.
Mesmo com a rejeição inicial de meia dúzia de candidatos, o jornal A Hora e os demais veículos de comunicação continuam apostando nos debates como ferramenta democrática importante nesta campanha eleitoral. A população tem direito de conhecer com clareza e precisão o que pensam e querem os futuros administradores de suas cidades. As promessas publicadas na imprensa servem de documento para que todos, durante o mandato dos eleitos, possam acompanhar o seu cumprimento.
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