Obra aberta. Conceito criado pelo escritor e pensador italiano Umberto Eco em livro de mesmo nome, no qual afirma que um escrito comporta várias leituras. Refere-se a livros, não a jornais.
Jornais tratam de fatos do cotidiano, não de teses. O jornalista persegue a verdade factual, que nunca é absoluta. Sua contestação pode vir de vários lados. Cabe ao jornalista apurar, investigar exaustivamente para que reste o mínimo de dúvida sobre uma matéria a ser publicada. Total garantia inexiste. O importante é a boa intenção do repórter. O relato em jornal está sempre exposto à crítica.
A imprensa, além de fornecer aos cidadãos as informações confiáveis e necessárias para serem livres e se autogovernar, deve tirar a população da letargia. Retirar o leitor da zona de conforto. O conhecimento lhes fornece segurança, mas tem de trazer elementos que sacudam suas vidas.
A sociedade é plural. É um truísmo. Há sempre interesses conflitantes e muitos pontos de vista em jogo. O jornal deve trazer à luz os fatos ocultos ao levar esclarecimento a este embate. Sem impor qualquer versão ao leitor. Tão-só estabelecer uma relação entre estes fatos e permitir que venha à tona o mais relevante. Depois é com o cidadão.
Criar um fórum. Estimular o debate, desafiar as pessoas a defender suas ideias é uma maneira do jornal refletir sua comunidade.
"O A Hora quer uma relação de vaivém com o leitor e o convida a participar do processo. É um ato de transparência. "
Aponte suas dúvidas, exponha críticas tanto sobre o mundo em que vive, quanto sobre o jornal que lê.
O A Hora entrega a página 2 ao leitor. Faça sua leitura e dê sua interpretação, tal qual apregoa Umberto Eco. Publicaremos os trechos mais importantes, até 15 linhas, para que todos tenham vez. Ataques gratuitos, injúrias, difamações e cartas anônimas não serão publicadas. Críticas serão bem-vindas. Ponha a boca no trombone. Use e abuse de seu espaço.
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