Foto: C.K. |
O crack avança, destrói e assusta. Aniquila famílias e aumenta os índices de homicídios. A droga que surgiu no Brasil há cerca de 20 anos, com consumo associado à população de rua, faz traficantes aumentarem seus lucros.
Realidade presente nas grandes metrópoles avança cada vez mais para o interior e desafia o estado brasileiro a buscar soluções nas áreas de prevenção, de atendimento aos dependentes e da repressão ao tráfico. Os resultados vêm a passos lentos.
No Vale do Taquari, Lajeado, a cidade-polo, concentra 22% da população regional e lidera os índices de tráfico. Os assassinatos relacionados ao “negócio” já fazem parte do cotidiano lajeadense.
A polícia prende num dia e solta no outro. A legislação é falha. O Fórum de Enfrentamento a Drogadição, criado há quatro anos, tenta, insiste, mas sente falta de apoio e investimentos. O centro de tratamento médico do Hospital Bruno Born (HBB) está sempre lotado. Os profissionais da área estão encurralados pelo desenfreado avanço e pela inexistência de ferramentas e de programas públicos de combate.
Enganam-se os que veem essa realidade como exclusiva de Lajeado. O drama é nacional, mas nosso compromisso é regional.
Para combater e reprimir a drogadição são necessários investimentos e conscientização popular sobre um problema crônico em que todos precisam fazer sua parte.
Enquanto isso...
O governo de Lajeado gasta quase R$ 1 milhão em ineficientes e improvisadas “ciclofaixas” por toda cidade, que refletem um paradoxo. Não pela ideia, mas pela forma que foram construídas. Pintar acostamento de vermelho e delimitar com “olho de gato” não é fazer ciclovia. O exemplo positivo está na beira do rio (foto 4), onde a ciclovia foi planejada e construída adequadamente. Desta vez, se precipitaram.
As fotos 1,2 e 3 abaixo foram feitas ontem pela manhã e dispensam explicações. Retratam a situação em que se encontram vários trechos das ciclofaixas construídas há poucos dias.
Fotos: Rodrigo Martini |
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