sexta-feira, 15 de junho de 2012

Negociatas pelo poder


   
   Na política, negociações em busca do poder sempre ocorreram. Infelizmente. O que chama atenção neste momento é a avalanche escancarada de troca de cargos e benesses entre os partidos.
O jogo de interesses está explícito e ignora qualquer compromisso ideológico e a fidelidade aos programas partidários. Ora vejamos: no dia 5 de novembro de 2009, o PSDB reuniu seus militantes e anunciou romper a coligação com o governo e o PP de Lajeado porque não recebeu o número de secretarias desejadas. Passou a fazer oposição ao atual governo, a tal ponto, de anunciar coligação com outros sete partidos.
Passados seis meses dessa união – que se esfarelou – o PSDB volta a “comer no prato em que cuspiu” há pouco mais de dois anos. Bastou o PP ceder duas secretarias para o PSDB anunciar seu apoio nas eleições de outubro. Simples assim: toma lá, dá cá. Usamos esse caso por ser o mais recente, mas eles se repetem pelo Vale, estado e país. Aliás, em proporções e quantidade muito maiores.
Negociam-se cargos de secretários sem avaliar capacidade técnica específica, gerencial ou de gestão. O que importa é o “cocho”. O trabalho e atendimento à população vêm em segundo ou terceiro planos. Os interesses pessoais e eleitoreiros prevalecem em todas as circunstâncias e atropelam qualquer programa em andamento. A Secretaria de Cultura de Lajeado terá três diferentes chefes em menos de três meses. Questiona-se: onde fica a qualidade do serviço? O que a sociedade ganha com essas trocas? A preocupação é com as eleições ou com o serviço público? As respostas se encontram nas entrevistas e declarações evasivas dos agentes. Ou então, no desempenho e andamento dos trabalhos.

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