Mais uma vez a Câmara de Lajeado foi exposta. Outra vez, de forma negativa. Rotulada há vários anos como “gastadeira” em função dos altos custos e excesso de assessores, desta vez, o assunto é assédio sexual. O presidente Adriel (PSDB) alega se tratar de manobra política. A adolescente de 17 anos mantém a queixa do suposto abuso e o caso irá ao Tribunal. Trabalho para a Justiça.
O fato aconteceu três semanas após Adriel ser eleito – em meio a muita polêmica - para o cargo máximo do Legislativo lajeadense e há oito meses das eleições municipais. As duas ressalvas são prenúncio daquilo que aguarda a população neste ano eleitoral.
Esse comentário não quer inocentar ou julgar. Apenas destacar que a partir de agora, o interesse político-partidário se sobrepõe ao interesse comunitário. Infelizmente. Por tudo isso, a população deve ficar atenta e pari passu acompanhar, sem emoções, os avanços da campanha eleitoral. A exemplo de outros pleitos, a disputa é capaz de transformar vilões em heróis. Ou, o contrário.
Para a classe política, o fato – verdade ou mentira – abre brechas para críticas e desconfianças, mais ainda. Afinal, o presidente da casa do povo é investigado por suposto abuso sexual. Pasmém! Pior ainda quando seus opositores políticos se vangloriam em cima do caso e feito “urubu em carniça” tentam tirar proveito da situação. Em nenhum momento, invocam moralidade ou respeito.
Acima de qualquer coisa, deveria estar o zelo pela imagem do Legislativo. Mas não, a partir agora, na cabeça dos pré-candidatos, tudo gira em torno das eleições. Cada fato é motivo para mudar estratégias e com discursos evasivos, atrair os eleitores. Está aí um excelente desafio da população. Identificar o que é projeto com interesse comunitário de individualidades partidárias.
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