O Brasil vai aplicar R$ 4 bilhões até 2012 no combate ao uso do crack. O anúncio foi feito ontem, pela presidente Dilma Roussef. Parte do valor será aplicada no estado e poderá respingar para o Vale do Taquari. Conforme pesquisa, são cinco cidades com alto índice de consumo da droga na região – Lajeado, Ilópolis, Muçum, Roca Sales e Taquari.
O Fórum Municipal de Enfrentamento a Drogadição, criado há poucos anos, anda a passos lentos. Quem sabe, um aporte financeiro agilize as ações e os resultados, limitados a reuniões e campanhas isoladas. O anúncio da presidente contempla as carências do programa local - falta de leitos para internações, insuficiência de profissionais capacitados, repreensão eficaz dos traficantes e envolvimento mais ativo das autoridades de segurança.
Mesmo assim, a cidade de Lajeado é considerada uma das mais atuantes do estado em relação ao combate à drogadição. Esta semana, seis entidades locais assumiram compromisso de elaborar programas para restringir a venda e consumo de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. Em agosto deste ano, reportagem do jornal A Hora, estampou total descumprimento da lei e flagrou vários comércios vendendo bebidas à menores. Não há fiscalização.
O fato motivou o Ministério Público a procurar a Acil, CDL, Alsepro, Conselho Municipal de Entorpecentes e Unidade da Parceiros Voluntários para elaboração de programas conjuntos para inibir o crime. A iniciativa se fortalece a medida que dados deste ano revelam aumento de 40% do número de crianças de 12 a 17 anos que consomem bebida alcoólica. Estima-se que em Lajeado, existam até 25 mil consumidores, dos quais 10 mil sofrem de dependência.
O envolvimento da sociedade e dos gestores públicos será vital para a consolidação dos programas. Empurrar com a barriga os problemas da drogadição projeta uma sociedade vulnerável e cada vez mais dependente. Cada cidadão precisa fazer sua parte. O rearranjo é um bom início.
“... dados deste ano revelam aumento de 40% do número de crianças de 12 a 17 anos que consomem bebida alcoólica. Estima-se que em Lajeado, existam até 25 mil consumidores, dos quais 10 mil sofrem de dependência.”
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