Mesmo que a expectativa de público não tenha se confirmado – razão inexpressiva para ofuscar o sucesso do evento – a segunda edição da AgroInd reafirmou o futuro da agricultura familiar. Vale a pena apostar no agronegócio!
Os eventos técnicos retrataram a realidade da região: potencial de produção e mercado existente, mas com carências inquietantes como: a falta de políticas públicas voltadas para o segmento, desqualificação dos produtores e dificuldades de sucessão no campo.
Francisco Turra, ex-ministro e profundo conhecedor da agricultura no país e no mundo, apresentou números otimistas. Chamou atenção para a oportunidade singular do Brasil, e por consequência do Vale do Taquari, em aproveitar a demanda crescente do consumo de alimentos no mundo.
Não é preciso ser especialista para saber que se a população mundial – hoje tem sete bilhões de pessoas – chegar a nove bilhões em 2045, o consumo de alimentos será muito maior. Alguém terá de produzir para encher todas essas barrigas. Sabe-se também, que a geografia e o clima permitem até três safras por ano. Aqui tudo dá. Por isso, a tendência é de que o Brasil seja o maior fornecedor de alimentos do mundo: 40% do total consumido no planeta.
Aposta certeira
Partindo destes dados estatísticos e projeções baseadas em pesquisas mundiais, é tranquilo afirmar que investir no agronegócio, especialmente na produção de alimentos é resultado garantido. Mas, sempre há um mas!
De nada adiantam feiras, palestras e projeções, se os discursos não se tornarem prática. Somos recorrentes ao cobrar programas de incentivo as agroindústrias, a qualificação do produtor e o fortalecimento da assistência técnica. É preciso substituir as políticas assistencialistas por projetos sustentáveis. Só seremos competitivos e venderemos nossos produtos se tiverem selo de qualidade.
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