Sábado, no Rio de Janeiro, ocorre uma marcha contra Ricardo Teixeira. Ele é presidente da CBF e acusado de conduzir mal o futebol brasileiro. Milhares se mobilizarão para protestar contra Teixeira. Até aí, beleza!
Agora, a decepção.
Em Brasília, nossos administradores públicos empilham casos de desvio de dinheiro, formação de quadrilha, obras superfaturadas. Investigações comprovam a má administração do dinheiro do povo. Tamanhas falcatruas “enriqueceram” um pedreiro de Brasília, que, da noite para o dia, descobriu em seu nome, uma conta de R$ 8 milhões. Ele foi usado como laranja pelo senador Romero Jucá, que usou criminosamente o nome do pedreiro para ocultar os verdadeiros beneficiários de mais um golpe contra os cofres públicos. (Leia matéria completa na revista Veja desta semana)
Citamos apenas um, de uma série de exemplos desse tipo que aparecem na imprensa todas as semanas.
Diante destes aproveitadores espertalhões, surpreende a falta de indignação dos cidadãos que trabalham, estudam e pagam impostos estrondosos. Há conformismo.
A recorrência dos escândalos deixou os brasileiros atônitos. É preciso, que a indignação ressurja e se traduza em manifestações enfáticas por parte da sociedade. Só isso é capaz de forçar a Justiça e os políticos a tomarem medidas concretas para moralizar a administração pública. Lugar de ladrão é na cadeia.
Pena, que no sábado, a mobilização não seja exatamente contra isso. Protestar pelo futebol, enquanto se sucedem escândalos governamentais, expõe a ingenuidade do povo brasileiro.