Mesmo que ainda faltem projetos mais arrojados e focados para viabilizar tratamento de esgoto e investir em saneamento básico nos municípios do Vale do Taquari, o confronto provocado por alguns prefeitos da região com a Corsan é um alento para melhorias.
Há anos a Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan) explora as cidades gaúchas faturando milhões e não reverte em investimentos. Sucederam-se gerações de prefeitos coniventes e benevolentes com a inércia da estatal. Com razão, alguns municípios ameaçam romper contratos, firmados sempre, por longos 25 anos.
Estrela, em 2010, e Lajeado nas últimas semanas, “engrossaram o caldo” e exigem obras. A última baseia-se no caso ocorrido em Uruguaiana, onde o prefeito privatizou o abastecimento de água, reduziu 14% a tarifa aos usuários, recebeu R$ 16 milhões de outorga para investir em saúde e educação, além de outros R$ 160 milhões de investimentos em saneamento básico nos próximos cinco anos. Isso significa que Uruguaiana terá 100% de sua zona urbana atendida com saneamento básico.
Este momento de instabilidade criado entre a companhia e municípios, é a oportunidade para as demais cidades do Vale do Taquari, também abastecidas com a água da Corsan, exigirem investimentos em troca da concessão. Os prefeitos não podem mais aceitar, de braços cruzados, que a Corsan leve o dinheiro dos contribuintes e não invista nos problemas crescentes em canalização e tratamento de esgoto.
Exigir que a companhia cumpra o que consta no contrato é o mínimo que se espera dos governantes.
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