sexta-feira, 20 de abril de 2012

Povo reprova gastos de vereadores


   R$ 16 milhões é o que gastarão as câmaras de Lajeado, Encantado, Estrela e Teutônia na próxima legislatura. Detalhe, só com subsídios e salários dos assessores. Não estão incluídos os gastos administrativos.
   O Jornal A Hora divulga pesquisa na edição do fim de semana, feita nos quatro municípios. A rejeição aos gastos chegam a 90%. 
   Veja também a opinião pública sobre o desempenho dos vereadores, o aumento do número de cadeiras a partir de 2013, a transparência e o crédito.

    O que dá para fazer com R$ 16 milhões?

   Com estes 16 milhões é possível construir 357 casas populares, 57 postos de saúde ou 22 creches. A reportagem pública a opinião dos quatro presidentes das câmaras e de ex-vereadores que trabalhavam sem salários.
   As interpretações cada leitor faz a sua. A pesquisa ouviu 930 pessoas e a margem de erro é de 6,7% para mais ou para menos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012




  
    O jornal apresenta nesta edição as ações que norteiam o ano de seu décimo aniversário, comemorado em 1º de julho. A logomarca na capa é a imagem do decênio, que não se resume a uma festa ou uma co memoração.

 Estamos felizes em compartilhar este momento com os milhares de leitores. Afinal, um projeto jornalístico se concretiza. Acima de qualquer festejo está a responsabilidade e o compromisso assumido com o Vale do Taquari. Ser um jornal respeitado pela independência e pela ética, reconhecido pelo rigor na apuração dos fatos e a constante busca pela excelência direcionam a atuação dos profissionais deste veículo de comunicação.
 A Hora é um jornal em evolução. Reconhece que erra muitas vezes, mas acerta em proporção bem maior. Nossa missão exige ardente e inflexível lealdade aos princípios do jornalismo. Olhamos com desdém tudo que cheira à inexatidão, à desonestidade ou à injustiça. Miramos uma utopia: um jornal sem erros.
 Aos sete mil assinantes, que nos permitem entrar em sua casa ou empresa a cada edição, reafirmamos o compromisso de continuar neste esforço ilimitado de fazer um jornal sempre melhor. O Manual de Estilo e o quadro Ombudsman (leia matéria completa nas páginas 4 e 5) são importantes passos para o aprimoramento do nosso trabalho e serão colocados em prática neste ano.
 Agradecemos a confiança dos leitores do Vale do Taquari. É com eles que o A Hora tem o rabo preso. É para ele que fizemos notícia.

Pesquisa sobre os vereadores


Desde segunda-feira, instituto contratado pelo jornal A Hora pesquisa o grau de satisfação e do desempenho dos vereadores nas cinco maiores cidades do Vale: Lajeado, Encantado, Teutonia, Estrela e Arroio do Meio.
Os resultados serão publicados na edição do fim de semana. A pesquisa é motivada pelo aumento nos subsídios que as câmaras propuseram à próxima legislatura e a polêmica criada devido ao projeto de redução dos subsídios pelo vereador Adriel, em Lajeado.
    Ninguém melhor do que os eleitores para analisar e balizar o que fazem ou desfazem os vereadores.

Aplausos receosos


O anúncio de que Lajeado, sai de insignificantes 0,92% para 7% de esgoto tratado em 12 meses é motivo de comemoração. A falta de investimento dos poderes públicos e privados e, o desdém da sociedade transformaram arroios históricos em córregos de esgoto a céu aberto. Para citar um exemplo, vejamos o estado deplorável do Arroio Engenho, em Lajeado. 
Nesta semana, a Corsan iniciou as obras que atenderão 1,4 mil domicílios.
   Em 2011, a Administração Municipal de Lajeado estava na eminência de municipalizar o abastecimento de água. Optou pela renovação do contrato por outros 25 anos, com a condição de investimentos altos em tratamento de esgoto pela Corsan.    O quadro ao lado retrata em números os lucros só dos últimos dois anos da Corsan em Lajeado. Por isso, os investimentos de R$ 4 milhões estão muito aquém da fortuna que a companhia arrecadou nos últimos 25 anos.

PP fecha com PDT em Arroio do Meio


O PP e PDT de Arroio do Meio fecharam acordo para as eleições de 2012, em meio a um cenário político bastante tenso nos bastidores. O PMDB também tentava atrair os pedetistas.
Em princípio, os dois pré-candidatos a prefeito e vice são Danilo José Bruxel (PP) e Delmar Kuhn (PDT), respectivamente. Assim se encerram as especulações sobre um possível “frentão” contra Bruxel. Nem mesmo o PSDB está decidido com quem pretende caminhar. Parte quer Bruxel e outra quer se aliar ao atual prefeito, Sidinei Eckerdt (PMDB), que buscará a reeleição. Com a aliança entre PP e PDT, se equilibram as forças partidárias no município, uma vez que o PMDB está acertado com o PT, de Áureo Scherer.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Vale lidera em gastos com pedágios


 O Vale do Taquari é o polo de pedágio mais arrecadatório do estado. Não bastasse, tem em Marques de Souza a tarifa mais cara de todo Brasil.
Na segunda-feira, o governador Tarso Genro (PT) faz da cidade de Taquari seu gabinete. Ouvirá dos líderes regionais pedidos de investimentos em setores que emperram ou retardam o desenvolvimento. Os pedágios serão prioridades.
O Conselho de Desenvolvimento Regional (Codevat) documentou ofício reclamando dos abusivos valores cobrados dos motoristas.
Atém-se aos mais de R$ 100 milhões arrecadados em 2010 pela concessionária responsável pelas cobranças e que não revertem em obras. A região é cercada por quatro praças: Marques de Souza, Fazenda Vilanova, Cruzeiro do Sul e Encantado. Juntas arrecadam mais de R$ 100 milhões por ano, liderando o índice de todo o estado, incluída a Região Metropolitana. Lá, a arrecadação no mesmo período foi de R$ 96 milhões.
A diferença exorbitante não está na subtração dos dois montantes, mas sim no número de habitantes. Enquanto o Vale do Taquari é formado por  330 mil, a Região Metropolitana concentra mais de três milhões de pessoas.
Um cálculo per capita simplificado demonstra que o habitante do Vale pagou R$ 300 anuais por pedágio ante R$ 30 de quem mora na região metropolitana. Dez vezes menos.
Faz bem o Codevat ao se posicionar em relação aos pedágios, em especial pela falta de investimentos da concessionária na região. Tudo é lento e procrastinado. O contrato que perdura há 14 anos vence em 2013. O momento de questionar e encontrar uma solução justa é agora. O Vale faz sua parte.

Pacto contra o leilão

As eleições de outubro começam a aflorar cada vez mais. Fatos curiosos se destacam entre o vaivém de negociações que antecedem a campanha.
Em Santa Clara do Sul, por exemplo, os dois pré-candidatos à prefeitura – Fabio Fischer (oposição) e Fabiano Immich (situação) firmaram compromisso ontem à tarde, excluindo o Partido dos Trabalhadores (PT) de qualquer coligação. O motivo, segundo os dois líderes, foi o “leilão” que o PT estaria fazendo entre as duas partes para barganhar mais benefícios. 
A decisão foi tomada em encontro que reuniu todos os partidos na câmara de vereadores. O momento prenuncia uma disputa leal e baseada em projetos de governo. “Interesses pessoais e eleitoreiros não terão espaço”, prometem os dois. Que a expectativa se confirme e sirva de exemplo para outros municípios.

Graças ao Lajeadense

Foto: Rodrigo Martini
Desde terça-feira à noite, quando o ônibus da delegação do Inter estacionou no pátio do Hotel Weiand, a cidade de Lajeado vive um “clima” diferente. Fãs têm a oportunidade de fotografar e conversar com ídolos, como Damião, Índio, Bolívar, Dagoberto e o próprio treinador Dorival Jr. Momentos raros para os torcedores do interior. A mobilização seria a mesma se fosse o Grêmio. 
Essa proximidade com os jogadores e comissão técnica do Inter é fruto do trabalho desenvolvido pelo Lajeadense. Não fosse participar da primeira divisão e, por consequência, construir um novo e moderno estádio, a cidade de Lajeado dificilmente teria essa oportunidade.   A imprensa da capital esteve aqui dois dias, fazendo programações diretas do estádio e divulgando o nome do município para todo estado. Este é um dos bônus do futebol, mobilizado pela paixão de multidões.

O papel dos vereadores vira papelão

Este comentário não é, definitivamente, perseguição ou qualquer tipo de repúdio aos vereadores. A recorrência deste assunto se dá por escândalos, que também se repetem. Não dá para ignorar as grosserias e trapalhadas que aparecem nas câmaras de vereadores. E não é só aqui.
Pela Rede Globo, assistimos a uma briga copiosa entre dois vereadores durante sessão no interior de São Paulo. Pela Rádio Independente ouvimos a notícia de que em Fontoura Xavier o microfone virou arma para dois legisladores. Ao vivo, observamos o presidente da Câmara de Lajeado dizer que: “Se precisar, vamo pro pau (sic) para aprovar o projeto”. A frase foi proferida enquanto parcela de vereadores abandonava suas cadeiras, insatisfeitos. Uma grosseria completa, que virou chacota entre os poucos que assistiam à reunião. Lastimável, e pior repetitivo (veja matéria na página 4).
É ano eleitoral. Entende-se que a disputa altera o estado emocional de quem pretende se manter ou chegar no poder. O incompreensível, no entanto, é quando essa disputa se transforma em jogo de interesses, na sua maioria, particulares ou partidários. E isso fica evidenciado quando o desequilíbrio provoca reações que não combinam com representantes públicos, pagos com dinheiro também público.