FOTO: RODRIGO MARTINI |
sexta-feira, 8 de março de 2013
A criminalidade avança sobre nós
Brutal, rápido, absurdo. E o pior: rotineiro. A morte – mais uma – registrada no centro de Lajeado, esta semana, interrompe a vida do gesseiro Anderson Martinelli, de 26 anos. Rixa, desentendimento, drogas, mulheres. Estes são supostos motivos que teriam levado dois motociclistas a desferirem seis tiros contra o corpo de Martinelli, quando ele chegava ao trabalho, por volta das 7h30min dessa terça- feira. Como está fácil matar. Como está simples resolver conflitos, dívidas, rancores com meia dúzia de tiros e acabar com a vida de infaustos. O número de homicídios ocorridos em Lajeado neste ano é assustador. São três em menos de dois meses de 2013. A polícia investiga. Tentará encontrar culpados e puni-los. Mas a vida do operário se foi! Penso no filho da vítima, para referir-me aos familiares. Com 1,5 anos, sequer sabe que o pai foi morto brutalmente e crescerá sem a figura do pai biológico. O jornal A Hora desta edição, em sua página 11, conta o ato banal ocorrido nesta semana e que ainda domina conversas pelas ruas da cidade. Gostando ou não de ler e ver sobre tragédias, não podemos ser hipócritas e querer fingir que não existe. O leitor tem o direito de ver e ser contra ou a favor. Mas é importante que reflita. Afinal, a criminalidade avança sobre nós em intensidade capaz de nos atropelar e convencer que é normal. Pois, não é!
R$ 18,6 milhões para pavimentação
O ex-secretário de Governo de Lajeado, Isidoro Fornari, informa à coluna que o município será contemplado com R$ 18,6 milhões para pavimentar 16 ruas. Projeto específico foi encaminhado no fim de 2012, com intermédio do deputado federal Gerônimo Goergen (PP). Ontem, o parlamentar garantiu que o dinheiro está empenhado e será transferido a Lajeado nos próximos meses, após o prefeito Luís Fernando Schmidt ser chamado em Brasília para assinar o contrato. O valor será suficiente para pavimentar 142 mil metros quadrados de estradas municipais. Além de Lajeado - única do Vale - 22 cidades gaúchas serão contempladas com recursos referentes a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac-2). Imperioso é salientar que: empenho não significa dinheiro em caixa do município. A comemoração só pode acontecer no dia em que o valor estará na conta do governo municipal. Até lá, aguardemos!
Leite mais limpo
O projeto piloto de sanidade leiteira avança pela região. Ontem, o secretário estadual da agricultura, Luís Fernando Mainardi, esteve em Estrela, na maior bacia leiteira do Vale. Ouviu do prefeito Rafael Mallmann (PMDB) a possibilidade de o município se integrar ao projeto de erradicação da brucelose e tuberculose bovina. Dessa forma, passa de dez o número de municípios que irão sanear todas as propriedades rurais e servir de exemplo ao estado e país. O caminho para o Vale dos Lácteos, passa pela sanidade. Ver o secretário de estado sair do gabinete e fortalecer o trabalho dos líderes regionais encoraja produtores a aderir ao projeto. O programa de rastreabilidade do rebanho bovino e bubalino no estado deve ser lançado em setembro. Mainardi antecipa que será em cidade do Vale. Serão investidos R$ 15 milhões para a distribuição de brincos e compra de leitores e outros equipamentos.
“Pagam para ver”
FOTO: Asfalto /RICARDO DE MORAES |
Novos gestores, velho problema
De novo. O Pronto-Socorro do Hospital Bruno Born (HBB) mais uma vez lotou no feriadão, com destaque para a segunda-feira, quando pacientes ficaram até sete horas – isso mesmo – na fila. Nenhuma novidade, assim como não surpreende – mas incomoda – a “paralisia” das autoridades diante do problema. Ele é velho e clama por soluções há anos. Pergunto: diante da demanda regional conhecida, é plausível fechar todos os postos de saúde quatro dias seguidos? Lajeado tem 71 mil habitantes que dependem dos atendimentos no PS. Somam-se a estes, milhares de pessoas de outros municípios que recorrem à unidade do HBB em caso de emergência. Só a sorte e obra do acaso seriam capazes de evitar a superlotação. Mas, as duas são descartáveis quando o assunto é saúde. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) é a promessa de solução, mas sua abertura sequer tem data. O próximo feriadão está previso para o último fim de semana de março, na Páscoa. Passa longe de cem mil o número de pessoas que dependem de um ou no máximo dois médicos plantonistas que atendem no Pronto-Socorro durante os feriados. A cena confronta o discurso dos candidatos de todos os municípios que prometem em suas campanhas eleitorais: saúde é prioridade. Se fosse, intercalavam profissionais em alguns postos de saúde e abririam as unidades pelo menos algum período.
A propósito
Segunda-feira sequer era feriado e salvo repartições públicas, boa parte dos setores produtivos e de serviços trabalhou. Por que todos os postos de saúde fecharam? Imaginemos se mercados, postos de combustíveis, coletores de lixo, taxistas, rodoviárias também resolvessem parar de sexta a quarta-feira, a exemplo de prefeituras e bancos. Os valores parecem invertidos, pois o privado funciona, e o público para. É uma prática enraizada que só alimenta o descrédito com o serviço público.Por outro lado
Os secretários de Saúde, em especial de Lajeado, reclamam do alto valor que já é repassado ao HBB todo o mês. Alegam impossibilidade de manter serviço de plantão aberto nos postos de saúde devido ao custo elevado. Que seja, mas é passada a hora de sentar à mesa todos os representantes de município e dividir a conta conforme o uso de serviços. Se o hospital recebe, precisa cumprir as responsabilidades. A população não pode continuar sendo lesada pela inoperância.Indústria de multas
FOTO: RICARDO DE MORAES |
Preço baixoantes da hora
As liquidações individuais e antecipadas ao tradicional Liquida Lajeado confrontam lojistas da cidade. Na intenção de atrair consumidores no período de “vacas magras”, muitos proprietários de lojas baixaram preços na intensidade da promoção conjunta, que sempre ocorre no fim de fevereiro. As liquidações irritam os lojistas que aguardam pelo lançamento da campanha promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Inclusive, cobram regulamentação mais rígida e punição para quem for desrespeitar as datas.
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